O poderio financeiro do Flamengo serve para, entre outras coisas, permitir que o técnico do time rode o elenco sem que o desempenho da equipe em campo caia de maneira comprometedora. Não foi o que aconteceu na partida contra o Athletico. Paulo Sousa, preocupado com a sequência de jogos e o histórico de lesões de alguns nomes importantes, deixou titulares no banco de reservas. Abriu mão de jogadores importantes nas duas últimas atuações, boas partidas que tiveram na vitória sobre o São Paulo e no empate com o Palmeiras. A equipe que começou neste sábado não deu conta do recado e o resultado foi a primeira derrota no Brasileiro.
No fim das contas, o Flamengo sofre cobranças elevadas, de que dispute com chances reais de vencer todos os títulos ao alcance das mãos. Cobranças elevadas e justificadas, pelo grau de investimento que é capaz de fazer no departamento de futebol. Não apenas na contratação de medalhões e comissões técnicas estrangeiras, mas também na montagem do melhor grupo de profissionais possível para manter os jogadores saudáveis por mais tempo.
Faz pouco sentido ter tanto dinheiro disponível e começar o Brasileiro já com tropeços. Cinco pontos conquistados em 12 possíveis é um número baixo para quem mira o título. A Série A é longa, outros times vão oscilar. Ou não. Ano passado, o Flamengo de Rogério Ceni e Renato Gaúcho tropeçou no começo e depois passou o Brasileiro inteiro esperando que o Atlético também vacilasse. Não aconteceu.