Em entrevista coletiva após a vitória do Flamengo sobre o Vasco por 2 a 1, o técnico Paulo Sousa pediu apoio a Andreas Pereira, que errou no lance que culminou no gol adversário, foi muito vaiado pela torcida ao longo do jogo e acabou substituído por João Gomes no início do segundo tempo.
Na saída do gramado, o volante recebeu um abraço do treinador, que apontou a união entre o time e a torcida como a solução para que os "momentos ruins" sejam superados.
- Todos somos importantes e necessários. Em qualquer momento, bons e ruins, temos que estar muito unidos. Temos que estar muito próximos. Acho que a unidade vai fazer muita diferença. Temos uma nação cheia de energia que com certeza vai nos ajudar com que todos nós tenhamos performances muito elevadas, como é a exigência da torcida. Mas é uma unidade muito importante. Temos que estar todos juntos, dentro, mas também fora, o clube está à frente de todos nós. Na unidade vamos conseguir ajudar individualmente.
Paulo Sousa também falou sobre as dificuldades encontradas na partida e afirmou que clássico é um jogo com uma complexidade diferente ao comentar a atuação não tão convincente do time.
- Eu creio que vão ter jogos que vão ser mais complexos. Clássico tem sempre sua complexidade, mesmo em termos emocionais. Vão ter jogos que vamos construir bastante, com muitas ocasiões de gols. Na segunda parte foi mais vontade de querer ganhar o clássico do que o controle do espaço. Hoje não foi assim (com um grande número de gols), mas creio que em outros jogos vamos conseguir.
Com o resultado, o Flamengo garantiu a vice-liderança da Taça Guanabara, atrás do Fluminense. A dupla segue para as semifinais do Estadual com a vantagem do empate nos duelos.
Confira outras respostas do treinador.
Dependência do time em Arrascaeta
- É um jogador astronômico, que tem a capacidade de ligar o jogo, de ligar espaços e alimentar nosso ataque. Ao mesmo tempo, tem a capacidade de fazer a diferença com gols em momentos determinantes. Sem dúvidas, a equipe tem que ser cada vez menos dependente do individual e ter mais capacidade de resolver as complexidades que os adversários criam e traduzir em gols e vitórias. Mas, sem dúvidas, esses jogadores fazem diferença e é bom termos eles do nosso lado.
Sonho do tetra no Carioca
- O peso é enorme para nós. Comigo, esteve sempre bem presente. A rotação não tem por si só uma rotação. Eu acredito em todos os jogadores do nosso elenco. E vamos ter todos necessários em qualquer jogo. Claro que em alguns jogos alguns jogadores vão estar melhor que outros. E atingir o tetra está na minha cabeça. Está na cabeça do elenco. É algo que queremos. Por isso a importância do clássico, de tomarmos decisões no início. Sabemos que é importante para a torcida, para os jogadores, para mim e comissão técnica.
Everton Ribeiro pelo lado esquerdo
- Tenho vindo a falar sobre essa decisão. É um jogador que está acostumado a jogar em outra posição, pelo corredor direito, utilizando seu pé esquerdo para poder ter movimentos mais interiores. Dentro desta estrutura, temos três laterais pelo corredor direito de grande profundidade e com muita resistência em termos de alta intensidade. Seja em termos ofensivos ou transições, o que nos permite ter um jogador e rodarmos no jogo, com jogadores frescos. Nesse mesmo corredor podemos tomar decisões concretas. Gosto de ver os melhores em campo e o Everton para mim é um jogador conhecedor do espaço e extraordinário. Sabemos que ele também pode nos ajudar em uma posição de meia. Inicialmente tomamos a decisão de atuar com ele mais aberto no corredor. Tem vários jogos que ele é importante para ele alimentar os jogadores. É um jogador que conto com ele.