Gabigol finalizou seis vezes, foi quem mais chutou a gol e é criticado por não ter transformado nenhuma destas jogadas em vitória. Uma delas bateu no travessão, outra tinha a direção da rede e foi retirada heroicamente pelo lateral-direito Khellven. Gabigol jogou mal?
Não jogou.
Há, no entanto, uma questão de expectativa. Ninguém espera de Gabigol menos do que Gol. É ruim quando ele é apenas Gabi, por mais que este seja o nome escrito nas costas de sua camisa, atualmente. Nas últimas seis partidas em que esteve em campo, fez um gol, finalizou 24 vezes, 13 no alvo, 11 para fora. Ou seja, tem pontaria.
Por vezes, abusa do direito de não usar o pé direito e de não fazer gols com ele. Perdeu duas chances contra o Athletico, uma por não chutar de direita, outra por bater mascado com ela. Nada que um pouco mais de treino não devolva sua incrível capacidade de marcar.
Gabriel exerce outra função, abre espaços para Pedro e De Arrascaeta. Contra a marcação de encaixe do Athletico, foi quem mais criou dificuldade para seu perseguidor, Nico Hernández. Provocava a saída do zagueiro até a intermediária e isto abria o corredor para os meias se infiltrarem. Não saiu o gol.
O diagnóstico, por ora, é que Gabriel está em um momento de necessidade de calma e treino, para melhorar as finalizações -- seu grande mérito na carreira. Mas não está jogando mal.